sexta-feira, 22 de maio de 2009

Diatribes cinéfilas


+ DIATRIBES DO MUNDO CINÉFILO SUL-MINEIRO.

O curta “FICÇÃO” que eu e meus amigos vínhamos engendrando acabou após um exaustivo dia de gravação sendo cancelado. Entre outras razões para o cancelamento do nosso pet project a falta de agenda dos atores, e um deadline muito “apertado”.

Na verdade 1 mês seria um tempo generoso para um curta-metragem mas a nossa incompetência somada a prima-donnice do elenco acabou deixando tudo só no roteiro. Sou contra essa coisa de apressar as coisas (pelo menos dentro do nosso mundo amattore {não profissional}) só pra poder caber dentro do prazo de entrega.

Se for pra fazer algo corrido, melhor nem fazer.

De consolação (e ironicamente) acompanhamos desde o dia 8 de Maio a quarta feira da semana passada a excelente iniciativa do Cineclube da MOSCA, organizado por Carlos Eduardo Magalhães de Aguiar.

Assisti feliz e gratuitamente filmes excelentes como o humanissímo “Viagem a Darjeeling” de Wes Anderson e o curioso e bisonho documentário brasileiro “O Beijoqueiro: Portrait of a Serial Kisser”. Os curtas-metragens também forma ótima fonte de reflexão e entretenimento, entre eles um dos meus curtas favoritos, o antológico (em versão digital ) “Ilha das Flores” de Jorge Furtado.

Ponto alto ainda pra exibição de uma versão com montagens e áudio atuais de “Testemunha Oculta” de Zé Pintor, um são carlense pioneiro, amador e amante do cinema que realizou na década de 60 fora de qualquer pólo de cinema nacional e película diversos médias envolvendo gêneros variados como o policial, o faroeste, alegorias espíritas e o Egito antigo (WTF?!).

Zé Pintor mostrou que somos todos mesmo um bando de inúteis, anões degenerados perto dos grandes gigantes do passado. Após de tudo fica o gostinho do curta próprio não realizado, mas reforçou minha opinião de que o hobby “fazer cinema” pra quem não quer vestir profissionalmente a camisa de diretor ou produção televisiva é só mais uma dor de cabeça.

O ponto fraco do Cineclube ficou pro datado, indigestíssimo e metido a Cinema Novo, “Tudo Bem” de Arnaldo Jabor.

Um dia talvez me animo de fazer um post só sobre esse filme. Mas não sei se vale a pena. =)

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